Dores de Garganta

Garganta sofre!

Do ar condicionado às bebidas geladas, do tabaco ao esforço da voz, são muitas as razões para que a garganta doa. Sem falar nas infecções, mais prováveis nos meses de Inverno quando os vírus andam à solta.

É no Inverno que a garganta mais sofre, vítima de infecções causadas por vírus e bactérias. Mas no Verão também pode causar alguns incómodos. As temperaturas elevadas convidam a uma bebida refrescante que, muitas vezes, se bebe tão gelada que até parece que dói. E, mesmo sem dor, a verdade é que a garganta fica irritada com a descida dos líquidos assim frios. E quando o sol escalda, no interior dos edifícios a tentação é descer ao máximo a temperatura, fazendo trabalhar os aparelhos de ar condicionado. Mais uma vez, a garganta é uma das vítimas, primeiro com o frio e depois com a passagem brusca para o calor exterior.

Verão é também tempo de concertos. Música para todos os gostos multiplica-se em palcos improvisados por todo o país, atraindo fãs de todas as idades. E o mais provável é que juntem a sua voz às que saem dos microfones, num coro gigantesco que esforça as gargantas. No final da noite, não é admirar que em vez da suavidade habitual haja gargantas arranhadas e irritadas, a pedir descanso.

Há agressões que são de todo o ano. O tabaco é uma delas: o fumo inalado deixa a garganta mais susceptível. O mesmo efeito tem respirar em ambientes muito poluídos. E até hábitos aparentemente inofensivos como dormir com a boca aberta, por dificuldade em respirar pelo nariz: a garganta fica mais seca.

Uma boa fatia da responsabilidade pelas afecções da garganta cabe às infecções. Podem acontecer em qualquer época do ano, mas são mais comuns no Inverno. Vírus e bactérias atacam o sistema respiratório e uma das consequências é a garganta inflamada, com dores mais ou menos pronunciadas. Os vírus são a causa das comuns constipações e gripes, mas também da mononucleose infecciosa, enquanto às bactérias são atribuíveis infecções como as faringites e amigdalites, bem como a difteria, doença grave mas que felizmente está a desaparecer.

Aliviar o incómodo é preciso

São variadas as consequências das agressões que a garganta sofre.

Dificuldade em engolir é uma delas. Nem a saliva se suporta tal é a secura e irritabilidade, quanto mais alimentos, sejam eles sólidos ou líquidos.

A afonia é outra: a voz escapa-se por um fio ou nem sequer se deixa ouvir. Comum é também a disfonia ou rouquidão, estando envolvidas as cordas vocais nestas situações. Numa e noutra circunstância quanto mais se insistir pior: a recuperação é mais lenta e até lá é provável que doa.

Há então que procurar alívio, o que se consegue com alguns cuidados simples, o primeiro dos quais a hidratação. Aumentar a ingestão de líquidos é fundamental para recuperar a suavidade perdida. Gargarejar com uma solução de água morna salgada também ajuda, na proporção de uma colher de chá de sal por copo de água. Chá de limão com mel contribui para reduzir a secura e fluidificar o muco. E um rebuçado duro que se vai sugando reforça este efeito, na
medida em que estimula a produção de saliva.

Nem sempre estas medidas, apesar de úteis, são suficientes, podendo então ser necessário complementá-las com medicamentos. Mas apenas com conselho de um profissional de saúde, nomeadamente o do farmacêutico, habilitado a indicar o tratamento mais adequado para fazer desaparecer as dores de garganta ou a recomendar uma consulta médica nos casos mais persistentes e severos.

Estas dores não são uma doença, mas um sintoma. E muitas vezes apenas um sintoma dos maus tratos infligidos à garganta, pelo que é melhor poupá-la antes que doa.

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